terça-feira, 9 de agosto de 2011

Metáforas profundas - GERALD ZALTMAN





A definição de "Metáforas Profundas", por Gerald Zaltman, é a lente que temos ao olhar as coisas.
Qualifica-os como metáforas porque implicam na representação das coisas. E profundas porque são inconscientes, e com isso, poderosas. Ás vezes o que vemos(informação e imagem) podem ter várias maneiras de serem interpretadas, e nem sempre entendemos a mensagem que nos é passada.
Ele explica também, como a percepção da realidade está condicionada aos filtros que acrescentam, subtraem ou modificam a informação que adquirimos e usamos. Os estudos antigos da semiótica de Charles Sanders Pearce, diz que ao vermos as coisas, vemos a partir de "algum ponto". Cientificamente estudadas, conclui-se que existem metáforas profundas básicas e que elas existem em pequena quantidade. E da mesma forma que existem essas metáforas, há também uma pequena quantidade de emoções conectadas a muitos sentimentos.
A Oticon, pensou e descobriu duas metáforas profundas que afetavam a maneira de pensar das pessoas sobre os aparelhos auditivos. Uma era a de contenção: os clientes potenciais por sua hipacusia se sentiam "presos" ou desconectados do ambiente social. No entanto, quando a segunda metáfora, a da conexão, operava, consideravam que usar um aparelho auditivo era um estigma, e isso os distanciava mais ainda das pessoas. Em sua publicidade portanto, a Oticon abordou duas metáforas: mostrou um aparelho auditivo de aspecto elegante, com a legenda "Nada deve mante-lo preso, nem mesmo a hipacusia". Além disso, o anúncio sugere que o aparelho possa ser usado quase como um acessório, em diferentes cores que combinem com a cor do cabelo ou tom de pele.
Entre nossa forma de pensar e nossas idéias, nos apegamos mais a nossas idéias. Isso influencia na estrategia na qual sera passada a mensagem para o publico a ser atingido.
Nós nos apegamos muito mais a "nossa forma de pensar" do que as "nossas idéias" propriamente ditas. Compreender isso, porém, já é meio caminho pra mudar. 95% do que pensamos ocorre em nosso inconsciente. Isso influencia o executivo na decisão emocional da tomada de decisões, na capacidade reconstrutiva da memória, no funcionamento das metáforas profundas. Os gestores devem desenvolver ferramentas de pesquisa que permitam explorar o inconsciente e aplicar esses conhecimentos e ferramentas de modo adequado. É necessário um enfoque muito diferente do atual para se sincronizar com as mentes dos consumidores.


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